Nos próximos dias, a titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, Carla Dolores Castro de Almeida, começará a colher depoimentos para apurar as circunstâncias da morte de Riquelme Moreira, 3 anos. Na manhã de ontem, um inquérito policial foi aberto.
O menino morreu na madrugada de terça-feira, no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), após ser atendido por duas vezes no Pronto-Atendimento (PA) do Patronato. Ele teria apresentado sinais de meningite. Conforme o coordenador de Controle de Infecção do Husm, Alexandre Schwarzbold, até amanhã, um laudo apontará se a causa da morte de Riquelme foi mesmo essa.
Com o inquérito instaurado, a delegada requisitará os prontuários médicos do atendimento do menino, tanto no PA quanto no Husm, além de ouvir médicos, enfermeiros e atendentes. Segundo a mãe do menino, Querlen Roberta da Rosa Moreira, 30 anos, ele foi atendido na segunda-feira no PA.
No local, a médica teria afirmado que se tratava de uma virose. O menino teria recebido remédio para dor e sido liberado. À noite, Riquelme retornou ao PA, foi reavaliado e encaminhado ao Husm. Duas horas depois de dar entrada no hospital universitário, ele acabou morrendo.
_ Foi dito que meu filho tinha uma virose, e ele morreu. Só espero justiça. Meu filho era fã do Homem-Aranha, o sonho dele era ser um super-herói. Ele era muito feliz _ declara Querlen, emocionada.
A Secretaria de Saúde informou ontem, de acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, que todos os protocolos médicos foram cumpridos no Pronto-Atendimento e negou qualquer forma de negligência. Ainda conforme a assessoria de imprensa, a prefeitura vai colaborar com as investigações da Polícia Civil.
Na próxima terça-feira, será realizada uma missa de sétimo dia em homenagem a Riquelme, às 19h, na Igreja São José.
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